O meu conceito de liberdade é muito básico. Fundamenta-se na minha educação, no respeito pelo próximo, na dignidade humana, no amor-próprio. Para mim ser livre não é mais do que o "querer ser". Sei que não será assim para todos e, dentro das minhas possiblidades, luto diariamente pela liberdade dos outros. 25 de Abril é uma data que se vai esbatendo no tempo, cada vez menos recordada, cada vez menos sentida, mas naquele dia de 1974 sei que as sensações intra-uterinas que vivenciei marcaram qualquer coisa em mim. Sinto-me uma pessoa privilegiada porque já nasci em democracia. Não compreendo as reclamações empolgadas das gerações mais velhas, a maioria delas provocadas pelo esquecimento do passado (como se isso fosse possível) ou por expectativas demasiado altas. Não será a democracia desejada mas é o caminho que temos que percorrer. Afinal de contas ela é um caminho, não é um fim.
Aos que proporcionaram tal caminho... o meu obrigada!
Para este dia (ou para os próximos) sugiro uma ida ao Teatro. A filha rebelde é um relato apaixonante cheio de cor e ritmo sobre a vida de uma mulher que ousou quebrar preconceitos. Acaba como acaba a vida mas nem por isso acaba. Prova disso é a edição de um livro (que serviu de base à peça) e que resgata a vida de Annie e a mostra a todos nós. Acho que ela iria gostar desta sua nova vida.
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